PRÉMIO ENOR DE ARQUITECTURA - ARQUITECTURA E CONSTRUÇÃO :: ‘CASA GERÊS’ E CENTRO DE SAÚDE DE VILA DO CONDE VENCEM PRÉMIO ENOR DE ARQUITECTURA EM PORTUGAL

20/11/2007 15:11

A ‘Casa Gerês’, situada em Vieira do Minho, e o ‘Centro de Saúde’, em Vila do Conde, foram as obras portuguesas vencedoras e premiadas em ex aequo ontem em Vigo, Espanha, na III Edição dos Prémios Enor de Arquitectura 2007, onde concorriam mais 5 projectos finalistas portugueses.

PRÉMIO ENOR DE ARQUITECTURA - ARQUITECTURA E CONSTRUÇÃO :: ‘CASA GERÊS’ E CENTRO DE SAÚDE DE VILA DO CONDE VENCEM PRÉMIO ENOR DE ARQUITECTURA EM PORTUGAL

 

Os arquitectos Maria da Graça Ribeiro Correia e Roberto Ragazzi, autores do projecto ‘Casa Gerês’, e João Paulo Providência, autor do projecto ‘Centro de Saúde’ em Vila do Conde, dividiram o prémio de 4 mil euros.

O júri deste prémio distinguiu a Casa do Gerês pela “grande capacidade plástica que a obra encerra, a forma como se consegue distinguir um local, assim como a consciência estrutural que sabe guiar a visão” e o Centro de Saúde de Vila do Conde pelo “ritmo de alternância entre o positivo e o negativo com que se geraram as fachadas, a solução do programa e a reprodução construtiva dotada de energia”.

A esta terceira edição do Prémio Enor concorreram, entre Portugal e Espanha, mais de 100 projectos, todos eles concluídos entre 2005 e 2006, sendo que um terço das candidaturas eram lusas, o que demonstra uma tendência crescente de concorrentes.

Recorde-se que os prémios Enor são compostos por quatro categorias – Portugal, Leão-Castela, Madrid e Galiza – e por um Grande Prémio que elege o trabalho do melhor arquitecto entre as quatro distinções, o qual foi este ano atribuído a Francisco Mangado Beloqui pela obra Estádio de Futebol ‘Nueva Balastera’, em Palencia, na região de Castela-Leão.

O júri este ano foi composto também por dois arquitectos portugueses – Souto Moura e Francisco Aires Mateus, vencedores do Grande Prémio Enor 2006, e ainda por João Mendes Ribeiro, Alberto Noguerol del Rio, Pilar Díez, Mariano Bayón, Belén Martín Granizo e Carlos Quintáns Eiras.

“Ao longo dos anos, o grupo Enor tem vindo a adquirir notoriedade nas sociedades em que se insere, devido ao seu compromisso com os princípios de responsabilidade social corporativa, de que é exemplo o patrocínio de actividades culturais, como estes prémios de arquitectura”, afirma António Balsinha, director-geral da Enor Portugal.

Está já em preparação a quarta edição destes prémios que introduzirá duas novidades de relevo: por um lado, a alteração da regularidade deste evento para bienal, estando a próxima edição agendada para 2009, e, por outro, a possibilidade de qualquer obra da Península Ibérica poder concorrer a estes prémios.

“Os excelentes índices de participação a este prémio, assim como a qualidade dos projectos apresentados, incentivaram o grupo Enor a consolidar esta iniciativa e a torná-la bienal para que desta forma haja mais tempo para a conclusão de obras em curso e para a apreciação das mesmas”, reforça o mesmo responsável.

Em paralelo à edição deste ano, foi também apresentado o livro do III Prémio de Arquitectura Ascensores Enor que reúne as melhores obras de arquitectura desta edição do prémio e tem uma tiragem de 8.500 exemplares (em espanhol e português).

 

Notas para o Editor:


OS VENCEDORES

• Grande Prémio ENOR 2007: Estádio de Futebol ‘Nueva Balastera’, em Palencia, na região de Castilha-Leão, da autoria de Francisco Mangado Beloqui

• Premio ENOR Galiza: ‘Novo armazém no porto de Finisterra’, Corunha, da autoria de Covadonga Carrasco López e Juan Creus Andrade

• Prémio ENOR Castilha-Leão: Estádio de Futebol ‘Nueva Balastera’, em Palencia, na região de Castilha-Leão, da autoria de Francisco Mangado Beloqui

• Prémio ENOR Madrid: ‘Teatro Auditório de San Lorenzo del Escorial’, da autoria de Ruben Picado e Maria José de Blas Gutiérrez

• Prémio ENOR Portugal: em ex-aequo ‘Casa Gerês’, em Caniçada, Vieira do Minho, de Maria da Graça Ribeiro Correia e Roberto Ragazzi e ‘Centro de Saúde’, em Vila do Conde, de João Paulo Mendes de Seiça da Providência

• Prémio ENOR para melhor arquitectura jovem: ‘Piscina coberta em Villanueva de la Cañada”, Madrid, de José Maria Churtichaga e Cayetana de la Quadra-Salcedo

 

CURRÍCULOS DOS VENCEDORES DO PRÉMIO ENOR PORTUGAL:


MARIA DA GRAÇA RIBEIRO CORREIA E ROBERTO RAGAZZI

Licenciada em Arquitectura pela FAUP em 1989 e colaboradora de Eduardo Souto Moura até 1995, Graça Correia é professora associada na Universidade Lusíada do Porto. Desde 1995 tem ateliê próprio e, a partir de 2000, começa a realizar projectos em associação com Souto Moura, em especial na reconversão da Companhia Aurifícia e no estudo de viabilidade dos terrenos adjacentes, assim como dos edifícios históricos da fábrica Robinson. Participante habitual em seminários, publicações e exposições nacionais e estrangeiras, em 2006 defendeu a sua tese de doutoramento na Universidade Politécnica da Catalunha.
Os seus trabalhos foram reconhecidos com a selecção “Habitar Portugal 2003-2005” e a selecção “Atelier Aberto” da “Ordem dos Arquitectos SRN”.
Roberto Ragazzi, natural de Itália, licenciou-se em Veneza em 1997. Participou como colaborador com o arquitecto Andrea de Eccher e, entre 1998 e 1999, elaborou diversas maquetas para exposições ou concursos no ateliê profissional de Alvaro Negrello, no Porto; desde 2000 a 2005, trabalhou como coordenador de projecto no escritório do arquitecto Virgínio Moutinho.
No ano de 2005, ambos arquitectos fundaram o ateliê CR-arquitectos, no qual desenvolvem tanto projectos individuais como em colaboração, entre os quais se destaca a Casa do Gerês. Esta obra foi finalista na V Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo em representação de Portugal, na Mostra de Jovens Arquitectos celebrada em Montevideu.

 

JOÃO PAULO PROVIDÊNCIA

Nasceu em Coimbra em 1962, licenciou-se em Arquitectura na FAUP em 1988 e desde 1991 é docente no DARQ da FCTUC; foi Final Reviewer da University College de Dublin em 2000 e actualmente prepara o doutoramento na Universidade de Coimbra. A 1987 remontam os seus projectos e obras de arquitectura e desenho urbano em diferentes escalas e programas — desde habitações unifamiliares a equipamentos —, sozinho ou em colaboração com outros profissionais, ainda que também tenha trabalhado em museografias e exposições no norte de Portugal. Esteve presente em iniciativas internacionais como “Mies van der Rohe pavillion Award for european architecture”, selecção, 1994; “Encounters around european architecture”, Veneza, Sevilha, Granada, Porto, 1996; “Portugal séc. XX”, Frankfurt, 1998; “New trends of architecture in Europe and Japan”, Tóquio, Roterdão, Porto, 2001; “Panorama Portugal”, Barcelona, 2001; “con_con constructed connections”, Berlim, 2003; “des-continuidade”, S. Paulo, 2005; “Habitar Portugal”, selecção, Veneza, 2006. Entre os projectos do seu ateliê, fundado em 2001 com Lúcia Baptista, destacam-se: Rota do Património Industrial do Vale do Ave; reabilitação do edifício do Teatro Nacional de S. João, Porto; casa em Castro Marim, Algarve; remodelação do laboratório químico da Universidade de Coimbra; estudo de pormenor Praias de Transição, Costa de Caparica; remodelação do Museu de Arte Sacra da Sé de Braga; ponte Rathausbrücke em Berlim, projecto que implica 15 profissionais de todo o mundo.

 

 

 

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