PRÉMIOS EM ARQUITECTURA E DESIGN

Segundo as palavras do aluno:
O tema da I Trienal Internacional de Arquitectura de Lisboa foi o ponto de partida para o presente trabalho. Entender e avaliar esta questão considerando os “fenómenos de rarefacção, indefinição ou ruptura urbana” da parcela de cidade, pareceu de uma pertinência extrema e de grande urgência na sua resolução.
O vazio urbano escolhido insere-se numa parcela de cidade consolidada mas ávida de potencial desenvolvimento, integração e diversidade sócio-cultural.
 
Programa
Perante uma população jovem em crescimento, a implantação de uma “Casa das Artes”, capaz de abranger inúmeros programas educativos, criativos, performativos e multiculturais, para uso e benefício público, foi a abordagem imediata para o local.
 
Proposta
Sendo uma das palavras-chave da Trienal ‘Requalificar’, iniciar o estudo desta parcela de cidade partindo deste pressuposto fez com que o encerramento do quarteirão fosse imperativo à colmatação com a pré-existência. Desta forma, o edifício tem duas frentes urbanas que se desenvolvem em quatro corpos interligados com um pátio central.
O primeiro corpo com fachada de vidro corresponde à entrada principal do edifício, destinada ao público e serviços administrativos. O segundo corpo contém um percurso expositivo que se desenvolve em rampas e duas salas de exposições permanentes iluminadas com luz natural através de três clarabóias. No terceiro corpo, com um carácter mais nobre, encontramos a sala de espectáculos com capacidade para aproximadamente 300 pessoas e no quarto corpo o restaurante com acessibilidade directa à cota da rua.
Nesta conjugação de corpos/funções subentende-se o desejo de encontrar uma unidade e carácter para o objecto edificado, quer através de sobreposições, quer através da utilização de diferentes materiais, dando-lhe a necessária individualidade e, simultaneamente, uma íntima relação com a envolvente.
 
Prémio Caixa Geral de Depósitos_ Mobiliário com Materiais Reciclados
Os alunos do Master em Design da Universidade Lusíada do Porto Tiago Sousa, Carina Gaio, Albertina Sousa e Luís Cruz foram premiados em 2º, 5º e 6º lugar ex-aquo no ConcursoCaixa Geral de Depósitos_ Mobiliário com Materiais Reciclados.
 
Segundo Tiago Sousa:
Os conceitos inerentes ao projecto são as funções de modularidade/repetição, funcionalidade e simplicidade das peças e facilidade de produção. Além disto, pretende-se que o produto seja uma espécie de “faça você mesmo” pois é disponibilizado em kit.
Os materiais usados são o Polipropileno reciclado (reciclável, abundante e de baixo custo) e o aço reciclado (que tem a vantagem de ser reciclável e de emitir poucos gases durante a sua reciclagem)
O ciclo de vida do produto inicia-se nas fileiras de reciclagem onde é feita a triagem e reciclagem dos diferentes materiais. Depois, as peças são produzidas e distribuídas para os postos de venda onde serão disponibilizadas ao consumidor. No fim do ciclo de vida do produto (uso), este retorna novamente às fileiras para dar origem a novos produtos.
Quanto à produção do objecto, esta pode resumir-se em quatro fases: Criação de um molde de aço; Injecção de PP no molde com adição de corante à cor pretendida, para fazer os perfis em L; extrusão de varão de aço e corte do mesmo; armazenamento/distribuição das peças em superfícies comerciais para posterior venda ao público.
Como é referido no ciclo de vida do produto, os materiais constituintes da peça     voltam novamente a ser reciclados sem desperdícios.
A forma escolhida para criar o protótipo foi o uso de materiais que permitissem maior rapidez de execução, baixo custo e boa apresentação final. Esses materiais foram: uma mistura de resina de poliuretano com areia calibrada, em substituição do PP, para vazamento em molde de silicone. Esse molde foi obtido através de um modelo em MDF do perfil em L. Também foi usado varão de aço para os elementos de ligação entre as peças poliméricas.
Em relação à produção da peça, esta será uma produção em série porque isso segue o conceito e processo de fabrico da mesma, obtendo uma boa relação entre o custo do molde e o número de peças que este é capaz de produzir, o que faz com que o custo final de cada peça seja baixo.

Tiago Sousa: cadeira
Carina Sousa:candeeiro mundo
Luís Cruz: candeeiro escora
Albertina Sousa: banco / mesa