FORMAR PSICÓLOGOS – QUE PERFIL DE COMPETÊNCIAS, PARA QUE MERCADO DE TRABALHO?
27/02/2013 10:02
Foi com grande entusiasmo que durante duas horas e meia, professores, estudantes e profissionais de Psicologia se envolveram, no passado dia 21 de Fevereiro, num debate sobre as principais competências e desafios que hoje se colocam aos profissionais da psicologia, face às características do mercado de trabalho.

Com a presença de seis convidados, ficou clara a necessidade de um crescente desenvolvimento de competências de natureza transversal. Os testemunhos de alguns dos oradores, diplomados pelo Instituto de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade Lusíada do Porto, foram unânimes, salientando a Formação de excelência que receberam e que hoje constatam nos nossos estudantes estagiários. Todavia, destacou-se o facto de, para esta excelência, muito contribuir não apenas a aposta na robustez dos conteúdos disciplinares veiculados na formação académica, mas também nas práticas pedagógicas implementadas. Estas últimas, aliadas ao esforço que cada estudante deverá desencadear envolvendo-se, ativamente, em múltiplas atividades, dentro e fora da Universidade, promovem competências que hoje fazem a diferença num mercado de trabalho competitivo e altamente exigente.
Destacaram-se as seguintes competências transversais: capacidade de comunicação, autonomia, automotivação, capacidade para lidar com a frustração, autoregulação emocional, criatividade e antecipação na apresentação de soluções promotoras de valor para as organizações, atitude constante de aprendizagem e humildade face ao saber, flexibilidade na gestão da atividade, capacidade para trabalhar em equipas multidisciplinares, capacidade para lidar com minorias, atitude sistemática de autoreflexão sobre as próprias práticas.
O final da sessão ficou marcado por um debate sobre o acesso ao mercado de trabalho e os mecanismos que poderão facilitar a aproximação das pessoas às organizações. Evidenciou-se o interesse em alterar as práticas de apresentação às organizações por parte dos candidatos, evitando soluções "tradicionais" e privilegiando abordagens mais personalizadas e diretas, ficando patente um certo optimismo e o valor da proactividade e da iniciativa pessoal face à empregabilidade dos psicólogos.