Lusíada na Conferência "Admirável Mundo Novo - O Futuro Chegou Cedo Demais?"

15/06/2015 16:06

Lusíada na Conferência

Em representação das Universidades Lusíada, um grupo de Estudantes e Professores do Curso de Direito, da Universidade Lusíada Norte - Porto participou na Conferência promovida pela Fundação Francisco Manuel dos Santos sob o tema "Admirável Mundo Novo - O Futuro Chegou Cedo Demais?", que decorreu no passado dia 12 de Junho, na Casa da Música, no Porto.

Nesta Conferência, em que intervieram inúmeros cientistas nacionais e internacionais, foi feita uma análise aos desafios que se colocam à Humanidade com o despontar das novas tecnologias. Nesse contexto, as intervenções centraram-se em temas como o "EU DIGITAL", a "VIDA INTELIGENTE", a "ECONOMIA 2.0", e a "REPÚBLICA DIGITAL". 

As Universidades Lusíada, convidadas a associarem-se à iniciativa e a colocar previamente questões que fossem consideradas oportunas e inquietantes, constituíram um grupo de trabalho que reflectiu sobre as implicações da "República Digital" e da "Democracia Electrónica", no desenvolvimento da participação política e do reforço da intervenção dos cidadãos. 

A reflexão desse grupo, constituído pelos estudantes Cátia Rodrigues, Daniel Mota, Jéssica Sampaio, Patrick Morgado, Vânia Pereira, e pelos Professores Fernando Torrão (Director da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada Norte - Porto), José Domingues e Manuel Monteiro, partiu do pressuposto de existência de uma possível futura "Ágora Dgital" e concluiu pela oportunidade de apresentar as seguintes perguntas: 

a)      Será real e humana uma democracia que seja progressivamente digital ou, pelo contrário, os meios electrónicos poderão contribuir para um isolamento crescente de cada indivíduo?  

b)     Construiremos uma cidadania democrática e responsável incentivando formas de participação digital, que não estão vocacionadas para privilegiar a reflexão e a ponderação?

c)      Uma possível “aldeia democrática digital”, mesmo que apenas considerada a nível de cada Estado, não poderá abalar ou até aniquilar a condição essencial da sustentabilidade democrática, que se traduz ou deve traduzir na permanente sociabilidade do ser humano?

d)     Poderá o sistema político representativo sobreviver ao avanço de uma democracia digital?

Estas questões, que também contribuíram para o debate verificado no painel sobre a "República Digital", foram o ponto de partida para uma reflexão que nas Universidades Lusíada não se deu por terminada e que se manterá como testemunho de uma ligação que não pode ser perdida entre o Direito e as novas fronteiras desenhadas pelo avanço tecnológico.