CORTEJO :: QUEIMA DAS FITAS 2006

10/05/2006 15:05

Milhares de estudantes da Universidade do Porto desfilaram, ontem, pelas ruas da cidade Invicta, num ambiente de festa, alegria e muita animação. O cortejo académico é o ponto alto da semana da Queima das Fitas. Para os finalistas representa o fim de um longo percurso, para os caloiros o início de uma nova fase.

CORTEJO :: QUEIMA DAS FITAS 2006

A Baixa do Porto encheu-se de vida, cor e música, num dia em que os portuenses saíram à rua para ver os estudantes da cidade passar.

O início do cortejo estava marcado para as 15 horas, mas com os muitos estudantes e carros alegóricos que era necessário organizar, o arranque aconteceu cerca de uma hora mais tarde. Como é tradição todos os anos, os primeiros a passar a tribuna foram os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, seguindo-se a Faculdade de Ciências, de Engenharia e de Letras.

O cortejo partiu da Rua da Restauração em direcção ao Jardim do Cordoaria. O desfile continuou pelas ruas da Baixa, descendo a Rua dos Clérigos até à Praça da Liberdade. A tribuna, local onde termina o cortejo, voltou, este ano, à Avenida dos Aliados. Ao longo do percurso era evidente a adesão popular, com as janelas cheias de gente e o comércio temporariamente parado para ver passar a festa.

Cada faculdade, instituto ou escola que participa no cortejo cria um carro alegórico, no qual toda a imaginação e irreverência são necessárias. Questões da actualidade e figuras da política nacional são, todos os anos, os alvos preferenciais dos estudantes.

À frente do carro de cada curso, passam os finalistas, que este ano se despedem da vida académica. Com as bengalas no ar, entoam cânticos alusivos ao curso, à universidade e ao facto de este ano chegar ao fim a vida de estudante. Os caloiros seguem atrás do carro, sendo o percurso até à tribuna vivido com plena alegria, já que ao chegar ao fim do cortejo, deixarão de ser caloiros.

O ritmo do desfile é lento, dando tempo aos estudantes para se mostrarem à cidade. Familiares e amigos dos participantes no cortejo acorrem às primeiras filas do cordão que se cria em volta do local por onde passam os estudantes para os saudar neste dia tão importante.

As ruas da Invicta vestiram-se, ontem à tarde, com todas as cores da Academia do Porto. Desde o azul de Letras ao vermelho de Direito, passando pelo branco de Arquitectura, todos tiveram o seu espaço num dia de festa para os estudantes universitários.

Apesar da tribuna ter regressado à Avenida dos Aliados, as obras que têm vindo a ser feitas na cidade Invicta perturbaram, em alguns momentos, o curso normal do cortejo.

Presente na tribuna, que marca o final do cortejo, esteve o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio. O autarca saudou os estudantes, tendo por diversas vezes acedido ao convite para entrar nas "brincadeiras" académicas.

Os cortes de trânsito e os demais incómodos causados pelo desfile poderiam significar relutância por parte dos portuenses. No entanto, o dia é para festejar e tudo (ou quase) se pode perdoar aos estudantes da Universidade do Porto.

Reza a tradição que, depois de terminado o cortejo, se comece a desfazer a decoração dos carros alegóricos, ficando espalhadas pelas ruas do Porto as memórias de mais um cortejo académico.

 

 

 

in JN