Estudantes da Universidade Lusíada - Norte desenham uma casa para Álvaro Siza

Álvaro Siza, Doutor Honoris Causa pela Universidade Lusíada e Prémio Pritzker da Fundação Hyattem 1992, entre tantos outros prémios, é a personalidade motivadora e inspiradora convidada, no presente ano lectivo, para encomendar uma casa a imaginar e desenhar pelos Estudantes do Primeiro Ano do Mestrado Integrado em Arquitectura da Universidade Lusíada - Norte (Porto e Vila Nova de Famalicão).

A sessão realizada e partilhada via Microsoft Teams com Estudantes de outros cursos e anos da Faculdade de Arquitectura e Artes do Porto e Vila Nova de Famalicão, constituiu uma lição com elevado valor instrumental e cultural. 

Álvaro Siza invocou os ensinamentos de Miguel Ângelo, Nicolau Nasoni, Fernando Távora, Frank Lloyd Wright e Adolf Loos, e abordou as diferenças e semelhanças instrumentais do Arquitecto perante os desafios da arquitetura pública e doméstica, pontualmente ilustradas e acompanhadas com humor.

O Professor Doutor Carlos Santos, Director da Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada - Norte, deu início à sessão enaltecendo os projectos e obras fantásticos do convidado e agradecendo a disponibilidade e generosidade do Arquitecto Álvaro Siza para encomendar e inspirar os Estudantes, a que se juntaram os Docentes Patrícia Diogo e João Paulo Rapagão. 

A Casa é um importante exercício de síntese e análise que encerra o ano lectivo, concentrando a investigação e exploração de temas relacionados com o espaço doméstico, nomeadamente com a sua espacialidade e proximidade de escalas das suas formas e usos, para além da sua responsabilidade ao integrar e transformar a cidade. 

Álvaro Siza lembrou que “… a casa é, desde sempre, um lugar de abrigo, de defesa e, também, de abertura” e reforçou que importa entender a luz na relação e revelação dos volumes. A encomenda assentou claramente na dicotomia entre a polivalência dos espaços sociais comuns e a individualidade dos três quartos pedidos. Lembrou ainda a importância do exercício da “arquitectura com prazer, com espírito de criatividade e diálogo, com princípios éticos”. Terminou com uma mensagem aos futuros Arquitectos: “Cabe à vossa geração conseguir o que nós não conseguimos”.