Professor Sérgio Pinto Amorim no VIII Encontro Ibérico de Estética

10/11/2022 12:11

Professor Sérgio Pinto Amorim no VIII Encontro Ibérico de Estética

Entre 27 e 29 de Outubro de 2022 decorreu na Universidade Nova de Lisboa, no Colégio Almada Negreiros, o VIII Encontro Ibérico de Estética.

A edição deste ano, intitulada Espaços e Tempos na Estética e na Arte, organizada pelo Instituto de Filosofia da Universidade NOVA de Lisboa (IFILNOVA) e pela Sociedad Española de Estética y Teoría de las Artes (SEyTA), tomou como ponto de partida as noções de espaço e de tempo, propondo “uma reflexão alargada na confluência entre estética filosófica e os modos de fazer e pensar a arte”.

O Professor Doutor Sérgio Pinto Amorim, responsável pelo Projecto de Investigação ‘Projecto de Arquitectura e Fenomenologia’, da Linha de Investigação ‘Arquitectura e Filosofia’, integrou o painel ‘8. A ARQUITECTURA E O HABITARdo evento, onde apresentou a comunicação intitulada“Da(s) Forma(s), do ‘Fazer’ e do ‘Como Fazer’ Arquitectura”. Na apresentação desenvolveu uma reflexão sobre a relevância da articulação entre os conceitos de ‘forma’ e a actividade onto-epistemológica na organização do espaço, sob a condição do ‘fazer’ e do ‘como fazer’ arquitectura. Tendo como palavras-chave ‘Forma’, ‘Espaço’, ‘Matéria’, ‘Sujeitobjecto’ e ‘Projecto de Arquitectura’, a apresentação estruturou-se em duas partes:

  1. Na primeira parte fez-se a exposição e a análise dos diferentes conceitos de ‘forma’, sobretudo a partir da etimologia da palavra e dos conceitos de Władysław Tatarkiewicz, para contextualizar o ‘fazer’, enquanto acto de construir primordial associado à sabedoria prática (phrónēsis e technē).Considerando que o significado do termo ‘forma’ se constitui sob o enquadramento do realismo directo de John R. Searle e do conceito de ‘gesto’ de Vilém Flusser, desenvolveu-se uma introdução sobre a condição do Homem enquanto produtor de artificialidade desde os primórdios da humanidade até aos nossos dias;
  2. Na segunda parte, a partir dos conceitos basilares ‘da(s) forma(s)’ e do ‘fazer’, considerou-se a relevância do ‘como fazer’no acto da organização do espaço, para contextualizar a erudição na arquitectura. Com o ‘como fazer’,interpretado como o distanciamento da sabedoria prática, sob a constituição de diferentes epistemologias, pretendeu-se evidenciar o que Mark Gelernter caracterizou como dualidade “arte” versus “ciência”, criada pelo problema sujeito-objecto. Assim, através do conceito ‘como fazer’procurou-se retratar algumas fontes que justificaram e justificam estar na génese das ideias que potenciam diferentes formas arquitectónicas e que derivam dos processos mente→(arte)→mundo oumundo→(ciência)→mente. Ainda nesta segunda parte, evidenciaram-se os desenhos analógicos e as maquetas reais como componentes necessários para fundamentar a dimensão existencialista no(s) processo(s) de projecto.



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