Professor João Rapagão evoca Eugénio de Andrade na Antena 1

16/01/2023 9:01

Professor João Rapagão evoca Eugénio de Andrade na Antena 1

 

O Arquiteto João Rapagão, Docente de Arquitetura I da Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada, no Porto, participa na evocação e gravação de um programa que assinala o centenário do nascimento de Eugénio de Andrade, para a Antena 1, da autoria do Jornalista Miguel Bastos. A sua participação passa pela abordagem da presença das artes, especificamente com a pintura, a escultura e a arquitetura, para além do cinema, na poesia e na prosa de Eugénio de Andrade. Passa ainda pela sua perspetiva de proximidade e amizade entre Álvaro Siza e o poeta, autor dos versos de casa de Álvaro Siza na Boa Nova, de 1992, e culmina na conceção e materialização do mausoléu de Eugénio de Andrade pelo reconhecido arquiteto português galardoado com o prémio Pritzker em 1992.

A participação do Arquiteto João Rapagão passa, finalmente, pelo conhecimento e acontecimento que o aproximou de Eugénio de Andrade, autor do poema Somos Folhas Breves… para a inauguração do Jardim dos Sentimentos a 1 de janeiro de 2001, Dia Mundial da Paz, de que o docente da Universidade Lusíada é co-autor. O Jardim dos Sentimentos estabelece correspondências entre as plantas e os seus simbolismos traduzidos na poesia, em valores como a Vitória, a Paz, a Guerra, a Dor, a Virtude e a traição, entre dezenas de espécies e valores.

Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, um dos maiores poetas portugueses contemporâneos, nasceu a 19 de janeiro de 1923 em Póvoa de Atalaia no Fundão. Tem obras publicadas em várias línguas, mantendo sempre uma postura de independência relativamente aos vários movimentos literários com que a sua obra coexistiu ao longo de mais de cinquenta anos de atividade poética. Revelou-se em 1948, com As Mãos e os Frutos, a que se seguiria, em 1950, Os Amantes sem Dinheiro. Os seus livros foram traduzidos em muitos países e ao longo da sua vida foi distinguido com inúmeros prémios, entre eles o Prémio Camões, em 2001. Morreu a 13 de junho de 2005 no Porto, cidade que o acolheu mais de metade da sua vida.

 



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