Professoras Mariana Sousa e Sara Cruz publicam capítulo no livro "Emotional intelligence: understanding and influencing emotions"

As investigadoras do Centro de Investigação em Psicologia para o Desenvolvimento (CIPD), Professora Doutora Mariana Sousa e Professora Doutora Sara Cruz, que são também docentes do Instituto de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade Lusíada – Norte (Porto), acompanhadas pela Professora Doutora Vera Mateus, investigadora da Universidade de Coimbra, publicaram, recentemente, um capítulo intitulado "Emotion regulation and cognitive and social functioning in early development: the interface between neurophysiological and behavioural perspectives" que integrará o livro "Emotional intelligence: understanding and influencing emotions", dado à estampa pela IntechOpen.

A importância do reconhecimento e regulação das emoções para a compreensão do desenvolvimento normal e do desenvolvimento da psicopatologia é inegável. Desde tenra idade, a capacidade de reconhecer e modular respostas emocionais para lidar adequadamente com as exigências ambientais está associada ao desenvolvimento cognitivo, comportamental e social. Este capítulo pretende rever, criticamente, o campo da investigação da regulação emocional, a sua relação com a inteligência emocional e a sua contribuição para o funcionamento cognitivo e social em crianças pequenas (até aos seis anos), colocando uma dupla ênfase no papel dos sistemas fisiológicos na emoção, regulação e na interface entre perspetivas neurofisiológicas e comportamentais.

Assim, este capítulo oferece uma visão geral da regulação emocional da primeira infância (até aos 6 anos), começando por definir o que se entende por essa regulação e a sua relação com a inteligência emocional. Analisa estratégias de regulação emocional usadas por este grupo de crianças e o seu papel na psicopatologia infantil. A seguir, as autoras apresentam uma revisão da literatura dos mecanismos neurofisiológicos subjacentes à regulação emocional e a sua relação com a cognição e o comportamento. Os dados foram recolhidos mediante uma pesquisa bibliográfica que utilizou os termos "infância", "criança", "regulação emocional", "imagens de ressonância magnética", entre outros. Analisou-se, também, as listas de referências bibliográficas dos estudos recuperados de maneira a localizar trabalhos adicionais relevantes para esta revisão. O capítulo termina com a discussão de desafios para o futuro e novas direções da investigação em regulação emocional.