Professora Joana L. Gonçalves publica artigo na revista "Frontiers in Psychology"

O artigo "Differential effects of attachment security on visual fixation to facial expressions of emotion in 14-month-old infants: an eye-tracking study", da autoria da Professora Doutora Joana L. Gonçalves, docente do Instituto de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade Lusíada (Lisboa) e investigadora do Centro de Investigação em Psicologia para o Desenvolvimento (CIPD), da mesma instituição, em conjunto com outros autores, resulta de um estudo sobre a relação entre atenção, apego e expressões faciais de emoção em bebés.

Publicado em fevereiro de 2024, pela revista "Frontiers in Psychology", de acesso livre, o trabalho partiu de um pressuposto: modelos de apego e processamento de informações sugerem que a atenção que os bebés atribuem à informação social pode ocorrer orientada por esquemas, conforme o seu padrão de apego, sabendo-se que uma importante fonte de informação social para bebés consiste em expressões faciais de emoção. Assim, testaram-se, em 61 crianças de 14 meses, as diferenças, na atenção às expressões faciais, e na discriminação emocional entre bebés classificados como: "securely attached (B), insecure-avoidant (A), and insecure-resistant (C)". (fonte: artigo)

Os resultados sugerem que bebés de 14 meses são capazes de discriminar diferentes expressões faciais, mas, salienta-se, este efeito diferiu consoante o padrão de apego: os bebés com apego resistente (C) apresentaram tempos e número de fixações significativamente mais elevados do que os padrões B e A, indicando que podem permanecer hipervigilantes relativamente à mudança emocional. Pelo contrário, os bebés insecure-avoidant (A) revelaram tempos de observação significativamente mais longos para a face antiga do teste, sugerindo um evitar geral de novas expressões e, portanto, menos sensibilidade à mudança emocional.

As conclusões do estudo vão no sentido de corroborar que o apego está, de facto, associado ao processamento de informação social dos bebés.

A revista "Frontiers in Psychology", "[…] the 3rd most-cited and 6th largest research publisher and open science platform […]", tem como missão tornar a ciência aberta, para que os cientistas possam colaborar melhor e inovar mais rapidamente, considerando a investigação a base da sociedade moderna. (fonte: Frontiers in Psychology)