CURSOS / ESCOLA DE VERÃO: INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA EM CRIMINOLOGIA: EPISTEMOLOGIAS, MÉTODOS E TÉCNICAS

 

 

CANDIDATURA ON-LINE

 


Coordenação

Gabriela Mesquita Borges, Prof.ª Doutor
Laura Neiva, Mestre


Apresentação

A Escola de Verão “Investigação qualitativa em Criminologia: Epistemologias, métodos e técnicas” representa uma oportunidade para que os/as interessados em metodologias qualitativas no desenvolvimento de investigações em criminologia possam adquirir, partilhar e debater conhecimentos, habilidades e ampliar redes profissionais. Este evento destina-se especialmente a estudantes e investigadores/as em início de carreira que ambicionem compreender, de forma prática, os métodos de pesquisa qualitativa utilizados nas ciências sociais, com foco na criminologia, não obstante ser extensível a todos/os os/as interessados/as por estas temáticas. O curso abordará vários aspetos da investigação qualitativa, desde o design dos projetos de pesquisa, à recolha de dados, métodos e técnicas, prevendo o desenvolvimento de casos de aplicações específicas de abordagens qualitativas na investigação criminológica.

A investigação qualitativa em criminologia pode incluir vários métodos de recolha de dados, desde entrevistas, a grupos focais, análise documental, estudos de caso, observação participante, entre outros. Não obstante estes métodos estarem amplamente documentados em manuais e livros, os desafios pragmáticos associados à sua implementação, bem como, os dilemas éticos decorrentes do acesso ao terreno e o potencial impacto de fatores como género, raça, nacionalidade e idade no desenvolvimento de pesquisas, embora conhecidos, podem não ser imediatamente evidentes, pelo que é um dos objetivos também desenvolver estes aspetos.

Objetivos

Com a pretensão de abordar e explorar estas questões, a Escola de Verão almeja dotar os/as participantes de:

  • Conhecimentos sobre técnicas e métodos na investigação qualitativa em criminologia.
  • Oportunidades de networking com outros investigadores e profissionais.
  • Diferentes perspetivas e abordagens na investigação criminológica qualitativa, dada a interação com investigadores e profissionais de diferentes países e backgrounds.
  • Aprendizagens e análises críticas sobre os desafios e dilemas da investigação qualitativa em criminologia.
  • Experiências e conhecimentos com potencial para melhorar as suas perspetivas de carreira.
  • Envolvimento em workshops práticos, sessões de formação e feedback de colegas e investigadores experientes.
Os/As participantes desenvolverão conhecimentos e perspetivas críticas sobre a investigação qualitativa na criminologia, com potencial para serem extensíveis a outras ciências sociais. Pretende-se o desenvolvimento de uma compreensão aprofundada dos princípios e práticas da pesquisa norteada por metodologias qualitativas, desde a conceção do projeto de pesquisa, ao desenvolvimento da autonomia e habilidades práticas para a sua aplicação.

Destinatários

Estudantes de mestrado e doutoramento em ciências sociais, bem como investigadores/as em início de carreira. Aconselha-se que os participantes detenham uma compreensão básica da pesquisa qualitativa e estudos de criminologia. Recomenda-se também que os participantes tenham um projeto de pesquisa em mente para usar como estudo de caso ao longo da Escola de Verão.


Ensino e avaliação

Ensino: Pós-Graduação ministrada em língua portuguesa, em regime presencial e online.

Avaliação: Dispensa a avaliação escrita e oral, uma vez que este tipo de iniciativas não têm, por norma, uma componente avaliativa pois trata-se de uma escola de verão com o objetivo de treinamento de competências no âmbito do uso dos métodos qualitativos para o desenvolvimento de estudos científicos na área da Criminologia.

Titulação

A presença em todas as sessões/programas conferem o direito à emissão de um Diploma de participação na Escola de Verão.


Estrutura curricular e conteúdos programáticos

Programa [.pdf]


Corpo Docente

Gabriela Mesquita Borges: Licenciada em Criminologia pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto (Porto); Mestre em Abuso da Mulher e da Criança, pela London Metropolitan University (Reino Unido); Doutorada Criminologia pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto (Porto). Em 2023, tornou-se investigadora no Centro de Estudos Jurídicos, Económicos, Internacionais e Ambientais (CEJEIA) da Universidade Lusíada (Porto). Além disso, desde 2023, é colaboradora no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), Universidade do Minho (Braga). A sua participação no Grupo de Trabalho da Sociedade Europeia de Criminologia sobre Metodologias e Epistemologias de Pesquisa Qualitativa, desde 2018, resultou na sua nomeação como cocoordenadora deste influente grupo de trabalho em 2023. É Professora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada (Porto), onde leciona na licenciatura e mestrado em Criminologia. 

Laura Neiva: Investigadora júnior no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), Universidade do Minho, Portugal. Licenciada em Criminologia (Faculdade de Direito da Universidade do Porto, 2017) e Mestre em Crime, Diferença e Desigualdade (Departamento de Sociologia, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga). Em 2020, recebeu financiamento pela Fundação para a Ciência e Tecnologia para desenvolver a sua investigação de doutoramento (2020.04764.BD). Atualmente, está no último ano do doutoramento em Sociologia no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, com a tese intitulada "Expectativas de agentes policiais sobre tecnologias de Big Data no sistema de policiamento e investigação criminal em Portugal". A sua pesquisa é interdisciplinar, combinando perspetivas da Criminologia, com os Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia e Sociologia. É autora do livro “Big Data na investigação criminal: desafios e expectativas na União Europeia”, Editora Húmus e de publicações sobre Big Data, políticas securitárias, desafios à privacidade, expectativas sociais e vigilância. É membro de redes de investigação internacionais como a AIDA social sciences research network – artificial intelligence, data & algorithms, e o Grupo de Trabalho de Metodologias Qualitativas da Sociedade Europeia de Criminologia.

Ana Guerreiro: Doutorada em Criminologia pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto (Porto), é Professora Auxiliar na UMaia - Universidade da Maia e Professora Auxiliar Convidada na Faculdade de Direito da Universidade do Porto. As suas principais áreas de investigação incluem estudos de género, criminalidade feminina, violência de género, crime organizado e violento, sentencing e políticas de prevenção. É ainda Diretora da Unidade de Investigação em Criminologia e Ciências do Comportamento (desde setembro de 2022) da UMaia, investigadora integrada no Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG, ISCSP-UL) e investigadora colaboradora no Centro de Investigação Interdisciplinar em Justiça (CIJ, FDUP).

Cândido da Agra: Cândido da Agra concluiu o Doutoramento em 1983 pelo(a) Université Catholique de Louvain e o Mestrado em 1980 pela Université Catholique de Louvain. É Professor Catedrático na Faculdade de Direito da Universidade Lusíada (Porto) e Professor Catedrático Emérito da Universidade do Porto. Atua na área das Ciências Sociais com ênfase em Direito e Criminologia.

Emília Araújo: Doutorada em Sociologia e é Professora Associada na Universidade do Minho. Foi representante do ICS no Colégio Doutoral da UM da Universidade do Minho e é atualmente Diretora do Programa de Doutoramento em Sociologia na Universidade do Minho. Tem desenvolvido investigação sobre Tempo, Estudos de Ciência e Tecnologia e Género, participando em várias redes de investigação internacionais sobre tempo, ciência e academia. Participou e desenvolveu atividades relacionadas com abordagens participativas para a mudança organizacional na academia. Ao longo da sua carreira, tem orientado trabalhos de investigação relacionados com usos e representações do tempo, bem como sobre as relações entre tomada de decisão política e inovação responsável para um melhor bem-estar. Interessa-se pelo debate sobre usos e valorizações do tempo e é membro de várias associações de investigação. Recentemente, tem estudado os efeitos da pandemia de covid-19, nomeadamente no contexto das Instituições de Ensino Superior. Além de um projeto específico sobre as experiências da pandemia, tem coordenado um projeto (Check It He) sobre violência e ódio nos Campi do Ensino Superior.

Fátima da Cruz Rodrigues: Professora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada (Porto) onde leciona na licenciatura e mestrado em Criminologia, e na licenciatura em Arquitetura, e professora assistente convidada na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, onde integra a comissão científica do Mestrado em Criminologia.  Doutorada em Sociologia pela Universidade de Coimbra, a sua tese “Antigos Combatentes Africanos das Forças Armadas Portuguesas: a Guerra Colonial como Território de (Re)conciliação”, recebeu o Prêmio Fernão Mendes Pinto em 2014. É investigadora na linha de pesquisa em criminologia no Centro de Estudos Jurídicos, Económicos, Internacionais e Ambientais (CEJEIA) da Universidade Lusíada. Além disso, ocupa o cargo de vice-presidente na ação COST Global Atrocity Justice Constellations (CA18228) e é investigadora principal do projeto Crime e administração da justiça na Guerra Colonial portuguesa (1961-1974): análise exploratória dos processos-crime instaurados a combatentes das Forças Armadas Portuguesas em Angola, em Moçambique e na Guiné-Bissau (2022.05692.PTDC; DOI 10.54499/2022.05692.PTDC).

Manuela Ivone Cunha: Doutorada em antropologia, com agregação em sociologia. Ensina na Universidade do Minho e é investigadora no CRIA, no CICS.Nova e no JusGov. Galardoada com o Prémio Sedas Nunes Para as Ciências Sociais pela sua investigação etnográfica sobre prisões, economia retalhista da droga e gestão penal da desigualdade, a sua investigação tem-se centrado também em economias informais, nas interseções entre justiça criminal, diferença cultural e desigualdade (classe-género-‘raça’/etnicidade). Numa linha paralela tem estudado a aceitabilidade social da vacinação e formas emergentes de e hesitação vacinal. As diferentes linhas de pesquisa articulam-se numa abordagem mais ampla das transformações contemporâneas do poder, das disciplinas e da ação do Estado através das suas instituições. Foi vice-presidente da European Association of Social Anthropology (EASA) e  diretora da revista Etnográfica.

Rafaela Granja: Doutorada em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho (Braga). É investigadora no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da mesma universidade. É atualmente a Investigadora Principal do projeto de pesquisa E-MONITORING, Vigilância eletrónica no sistema de justiça criminal: Futuros projetados e experiências vividas (ref. 2023.00030.RESTART), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Sónia Maria Guedes-Gondim: Psicóloga e Professora Visitante do Programa de Pós-graduação em Psicologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia (2022-2024). Professora Titular aposentada do Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia, atuando no programa de pós-graduação da UFBA.  Mestrado em Psicologia Social pela Universidade Gama Filho (1990) e doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Coordena o grupo de pesquisa Emoções, Sentimentos e Afetos em Contextos de trabalho e é Membro da International Society for Research on Emotion (ISRE), da Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho e da RIPOT (Red Iberoamericana de Psicología Organizacional y del Trabajo) e do Comité Gestor PePsic representando a SBPOT (2023-2026). Atualmente é editora adjunta da revista de Psicologia - Paideia (Universidade de São Paulo). Membro do Comitê de Assessoramento do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) no período de 2021-2024.

Susana Silva: Doutora em Sociologia, é Professora Associada no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (Braga). A sua pesquisa interseta metodologias quantitativas e qualitativas para explorar os desafios societais decorrentes do uso de tecnologias na saúde e no crime. Especialista em ética pragmática e participação cidadã na regulação de tecnologias emergentes e controversas, tem desenvolvido interesse sobre as aplicações da inteligência artificial em contextos clínicos e de reprodução humana.

Duração, horário e local de funcionamento

O curso tem um total de 28 horas.

Início do curso: 3 de Setembro de 2024
Fim do curso: 6 de Setembro de 2024

Horário de funcionamento do curso: Regime laboral, de terça-feira a sexta-feira, das 09:00 às 18:00 horas

Centro Universitário Lusíada – Norte, Campus do Porto

Prazos de candidatura e inscrição

Candidaturas: até 31 Maio de 2024
Comunicação dos resultados de aceitação das candidaturas: 30 de Junho de 2024


Custos de candidatura, inscrição e propina

Propina estudantes: 60€
Propina público em geral: 75€
Comparticipação no seguro escolar : 55€

DESCONTOS (não cumuláveis; Aplicáveis depois de deduzida a taxa de candidatura)
10% desconto na propina para (I) alumni da Universidade Lusíada, (II) 50% desconto na propina para participação online


Documentação necessária para a candidatura

Certificado de Habilitações (original ou fotocópia autenticada);
Curriculum científico e académico;
Elementos de identificação do Cartão de cidadão e uma fotografia (tipo passe);


Obs: O Curso só funcionará com um número mínimo de alunos.


Informações

Dr. António Pedro Martins <apedro@por.ulusiada.pt>
Dr. Fernando Castro <afcastro@por.ulusiada.pt>
Dr. Miguel Gomes <mgomes@por.ulusiada.pt>

ILPG - Instituto Lusíada de Pós-Graduações
T. +351 22 557 08 34
<posgrad@por.ulusiada.pt>


Última actualização: 2024-04-09 11:21